domingo, 1 de abril de 2007

Pequena história Epistemerótica

Eu e minha namorada marcamos para dar uma Voltaire ontem à noite, fomos até o bar Wittgeinstein que fica defronte a um Braudel Deleuze vermelhas. Adentramos e ela me disse:
- Estou com Sède.
- E eu com fome – respondi.
Pedi uma cerveja Schopenhauer e um Platão de Bacon. De pronto passei a observar os seus Adorno(s) e ela Rousseau em mim, o que atiçou a minha Boaventura. Perguntei-lhe se ela Libera(ria) a Aranha e propus que fossemos a um lugar mais reservado onde pudéssemos fazer um Foucault sossegados, ao que ela assentiu sem pestanejar.
Lá chegando fumamos um Morin para relaxar e ela muito lascivamente sussurrou em meus ouvidos:
- Me Hume na parede e me chame de Lagartixa...
Pedi para ela Bachelard e que levantasse o seu Popper, só então pude admirar o seu Hegel (e que beleza!). Preparei e apontei o meu enorme Japiassú em direção ao seu Wundt, percebendo minhas intenções ela gritou:
- No Köhler Zenão
Nem liguei, pois toda mulher tem certa retração quando se trata de Tomás de Aquino Khun, fingi que não ouvi e Montaigne. Só que ao adentrar o seu Eco ela Kierkegaard em mim e tive de ir ao Thiollent me limpar.
Após este desastre voltamos e continuamos a peleja, mas agora pela via natural para evitarmos maiores constrangimentos, mas minha namorada é uma moça um pouco escandalosa e começou a gritar:
- Sócrates, Soooooocrates...Marx, Sócrates Marx ... essa porra.
Ao que respondi de pronto:
- Kant, Kant ... James, James........ sua vagabunda.
Eu me sentia possuído por um Demo.
Só para que ela parasse de chamar a atenção passei a Leibnitz a sua Xenofonte que estava Espinosa e que me Merleau-Ponty (nada que um pouco de deo-colônia não resolva), mas reconheço que estava bem limpinha e tinha até um Agostinho bom.
Para retribuir ela passou a D’Allembert o meu descomunal Vigotsky, foi tão bom que não resisti e Gallileu Gallilei.
Apesar dos percalços foi uma Freud muito boa.


Texto de Rodrigo Matos

Idéia de José Henrique Porto Souza (UNEB) e Rodrigo Matos (UNEB), membros-fundadores do PA.P.O.M (Partido dos Pedantes Opressores e Manipuladores) e do P.P.A (Projeto Pluridisciplinar Alcóolico)
Com colaborações de Narciso Cirqueira Neto (UNEB/PAPOM/Sócio fundador do PPA); sob os auspícios e bons augúrios de nossa grande líder, guru e profeta que prefere não se identificar.(Que seja louvada sua indigência! Amém!)

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