quinta-feira, 18 de outubro de 2007

TAKEDA É POP

Por Rodrigo Lopez-Balthar


A juventude é um período de conflitos e conceitualmente é tão complicado definir o que é um jovem quanto entendê-los. Num mundo em que a juventude parece prolongar-se além do limite dos trinta anos e a bater já às portas dos quarenta, discutir esta condição é no mínimo arriscado. É isto que faz André Takeda em Cassino Hotel.
O livro trata das escolhas que tomamos neste ponto da vida em que nada é definitivo ainda, e até as mudanças, que em princípio são radicais, parecem ser diluídas no filtro da inconstância.
Takeda lança sobre este momento da vida um olhar dramático, exposto a partir da vida de um ex-roqueiro gaúcho dependente químico, que ganha a vida tocando guitarra para uma cantora pop filha de um cantor sertanejo do interior de São Paulo (qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência), com quem tem um relacionamento amoroso.
Este fato desencadeará seu retorno ao Rio Grande do Sul, mais precisamente, a praia do Cassino, onde reencontrará um grupo de pessoas que foram afetadas pelas escolhas que ele fez num passado não muito distante.
A reaproximação desencadeia uma série de conflitos e transformações na vida de João (este é o nome da personagem principal), que provocam uma série de pequenos dramas em cada um dos reencontros e conduzem-no num ininterrupto processo de reflexão sobre a condição humana e o sofrimento que as nossas tomadas de posição produzem.
Um livro de geração, que parece fazer parte de um projeto mais amplo do autor, que é a de criar no Brasil uma literatura de consumo, sem o ranço acadêmico muito comum em autores brasileiros. Cassino Hotel não tem pretensões, e por isso é pop.


TAKEDA, André. Cassino Hotel. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

4 comentários:

Anônimo disse...

Acho André Takeda uma merda sem igual, pior que ele só aquela bichinha paulista e aquela loira burra de Salvador. Desse jeito vc vai queimar seu blog, que é um espaço de crítica, ou não é?

Anônimo disse...

É uma merda mesmo, todos concordamos com isso.

Anônimo disse...

Fiz o que deu, não posso extrair leite de pedra. Então leia e tire suas próprias conclusões.

Anônimo disse...

Infelizmente, o pop não poupa ninguém.